O temido visto

Passos

O processo de visto para os Estados Unidos sofreu mudanças este ano a fim de se ter mais agilidade. Realmente diminuiu bastante o tempo para tirar o visto. Comigo, por exemplo, entre o agendamento e a entrevista, demorou 6 dias. Fiz o agendamento na quinta-feira (18/10), fui ao CASV no domingo (21/10) e fiz a entrevista na terça-feira desta semana (23/10). Isso já chegou a ser de 120 dias no ano passado.

Vamos ao que interessa, que são os passos para tirar o visto. O intercambista primeiramente deverá emitir o DS160 (https://ceac.state.gov/genniv/), em que serão necessários para o preenchimento o passaporte, o DS2019 e o comprovante de pagamento da Taxa Sevis.

- DS2019: documento emitido pelo sponsor que mostra quem é o seu empregador nos EUA e qual será sua posição na empresa;

- Taxa SEVIS: taxa emitida por uma instituição que armazena as informações de estudantes intercambistas nos Estados Unidos.

A STB que me repassou esses dois documentos. Em algumas agências, o pagamento da Taxa Sevis não está incluso no preço do programa.

Com o DS160 em mãos, o solicitante de visto deverá entrar no site do consulado americano (http://usvisa-info.com/pt-BR/selfservice/ss_country_welcome), criar uma conta e pagar a taxa de visto J1 (US$160). Após esse processo, primeiramente você irá agendar a data de entrevista no consulado para depois agendar uma data anterior para entregar os documentos e tirar fotos e colher digitais no Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto - CASV.

Para o CASV, o intercambista deverá levar:

- passaporte;

- DS160;

- comprovante de agendamento no CASV;

- comprovante de pagamento da taxa do visto.

Já para a entrevista do Consulado, é importante levar documentos que comprovem a condição de estudante e vínculo com o Brasil, além da capacidade de pagamento do programa.

Documentos principais para levar para o Consulado:

- Passaporte;

- DS160;

- comprovante de agendamento de entrevista;

- DS2019;

- comprovante de pagamento da Taxa Sevis.

Além desses, comprovantes que mostrem a condição de estudante:

- atestado de matrícula (com período em que está e duração do curso);

- histórico escolar;

- carteira de estudante;

- contrato de estágio (para quem estagia, como no meu caso).

Comprovantes que mostrem vínculo com o Brasil e capacidade de pagamento do programa:

- extrato da conta corrente própria (levei dos últimos dois meses);

- carta de custeio;

- IR do financiador (aproveito para agradecer meu pai por estar pagando o programa);

- extrato da conta corrente do financiador;

- holerite do financiador;

- declaração de bens do financiador;

- contrato do programa com a agência.

Aí, é ir para entrevista, ter o visto aprovado e correr para o abraço. Ah, e também de guardar o seu DS2019 assinado e a Taxa Sevis muito bem guardado.

A entrega do passaporte com o visto é feita pela DHL. Você pode retirá-lo numa das agências da DHL ou pedir para entregar em algum outro endereço (casa, trabalho, ...).

Lembrando que, mesmo que você leve todos esses documentos e consiga comprovar as condições descritas, eles podem negativar o pedido de visto e essa é uma decisão soberana do Consulado. Caso isso ocorra, não vá se exaltar lá dentro, porque pode complicar futuros pedidos de visto.

Minha experiência

A entrevista de visto, após a Job Fair, era a parte que eu mais temia na preparação da viagem para os Estados Unidos. E posso afirmar que a STB não me prestou uma assessoria adequada a fim de minimizar algum estresse. Primeiro porque eles resolveram cobrar dos intercambistas R$150 para preencherem o DS160 e marcarem a entrevista, sendo que eu deveria aceitar os horários que me passassem. Como percebi que era algo simples, eu mesmo preenchi esse documento e agendei a ida ao Centro de Atendimento ao Solicitante do Visto (CASV) e a entrevista no Consulado Americano com as datas e horários que eram melhores para mim.

Mas o importante que tudo transcorreu bem. Muito bem.

Quanto a todos aqueles documentos descritos ali em cima, posso dizer que sim, no dia da entrevista levei tudo aquilo. Para aumentar o trabalho, tive que pedir para meus pais me enviarem por SEDEX 10 dias antes esses documentos, já que não moro com eles.

E sim, como ocorre com a maioria dos intercambistas, não foi me pedido nenhum documento que comprovasse vínculo com o Brasil e capacidade de pagar o programa.

A entrevista foi muito tranquila. Fui recebido com um bom dia e uma pergunta sobre o motivo de ir para os Estados Unidos. Após explicar que estava indo pelo programa de Work and Travel, a entrevista transcorreu em inglês. O vice-consul que me entrevistou perguntou onde eu estudava, qual curso e quando iria me formar. Além disso, ele também perguntou sobre quem pagou o programa, por qual agência eu estava indo e qual o valor que eu tinha pago.

O mais legal da entrevista foi que, logo após ele conferir meu DS2019 e perceber que eu iria para Aspen, ele soltou "Are you going to Aspen? Awesome!". Ali fiquei mais feliz pela minha escolha.